sábado, 4 de outubro de 2008

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Sociedade do Emburrecimento?


Leia a reflita sobre o artigo abaixo:

Questões que afligem a humanidade hoje

Quem usa a barra de utilidades Google ou o ótimo navegador Firefox conta: na hora de procurar algo, com uma mãozinha do mecanismo de busca, basta começar a digitar a palavra, frase ou pergunta a ser feita que ele te mostra as possibilidades mais populares, para que você não precise digitar o restante e ganhe tempo. Pois semana passada comecei a digitar “Como dar um nó na gravata” e tive uma bela surpresa. Como em inglês, língua oficial da Internet, o início de qualquer questão é “How to”, o Google acabou me mostrando quais as questões que mais afligem a humanidade nos dias atuais.

E digo isto sem exageros, pois o mundo on-line é hoje um espelho da vida real, afinal de contas são pessoas de verdade usando a Rede para se comunicar, informar e divertir. E nesse mundo único, sem divisão entre real e virtual, a pergunta que não cala é: “Como se beija?”. Pelo visto, as pessoas acham que vão aprender isso pela Internet, ou então não tem ninguém com quem se sintam à vontade de perguntar.

É impressionante que numa rede mundial onde quase 50% de todo o tráfego de informação é pornografia, as pessoas estejam interessadas em algo básico e verdadeiro como o beijo. A segunda pergunta é: “Como fazer para engravidar?”, mostrando que – ao contrário do que os pais de filhos adolescentes pensam – engravidar não é tão fácil. A terceira, “Como fazer para emagrecer?”, trata de um dos males contemporâneos que mais atormentam, na ditadura estética atual.

A quarta posição fica com “Como fazer uma carta de apresentação?”, o que mostra que as pessoas querem trabalhar, mas dá indícios de que o mercado de trabalho anda cada vez mais competitivo. A quinta posição é uma das positivas dentre as citadas: “Como tirar um passaporte?”. Revela que as pessoas querem viajar, conhecer culturas. Ou então imigrar, vai saber. A sexta posição fica com “Como baixar vídeos do Youtube?”, confirmando a importância do conteúdo multimídia disponível na Internet.

E finalmente, volto a ter um mínimo de esperança na humanidade: “Como salvar uma vida?” é a sétima pergunta. Já não era sem tempo, pois as seis primeiras perguntas são de alguma forma individualistas ou ligadas à estética, são exceção da sobre gravidez. Animado, clico para ver que conteúdo encontrará a pessoa que quer aprender a salvar vidas. Percebo então, para minha surpresa que “How to save a life?” nada mais é do que o nome de uma música da banda de rock Fray. Que ingenuidade a minha!.

Fonte: Jornal do Brasil. Ano 117, nº 330. 03 de março de 2008. Pág. A24
Coluna: Cibermundo. Autor: Cid Andrade

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Analisando-se o artigo acima transcrito, sem grande esforço, podemos, ao menos desconfiar, que essa “Sociedade do Conhecimento” - maneira pela qual boa parte dos estudiosos contemporâneos tem denominado nossa sociedade, uma sociedade centrada na Informação, diferente da “Sociedade Industrial” que se baseava na produção industrial; poderia (e muito bem) ser denominada como a “Sociedade do Emburrecimento”.

Dentre as características mais significativas de nossa sociedade, destacam-se: sua agilidade, sua capacidade de adaptação às novas tecnologias e a atual adoção da Informação como seu centro, o que gera uma enorme demanda deste “produto”.


Estas são características intimamente ligadas que se complementam e reforçam, e que fomentam, assim, o desenvolvimento de tecnologias ainda mais avançadas e capazes de atender às expectativas dos integrantes da própria sociedade.

Talvez porque, como um “workaholic” que ocupa sua mente com diversos afazeres, adiando o momento de ocupar-se de si mesmo, a sociedade contemporânea, muitas vezes apontada como viciada no consumo de bens, e furtando-se de ocupações mais elevadas, agora está contraindo, como todo drogadito, um novo vício e, talvez, numa droga ainda pior: a Informação.

Uma das grandes preocupações que devem ser levadas em consideração é a quantidade de informação que estamos ingerindo.

Em longo prazo, quais serão os frutos deste comportamento?

Informação sem processamento não é Conhecimento. Bob Black, em seu livro Groucho-Marxismo (Ed. Conrad. ISBN: 85-7616-150-8) afirma que a informação, quando excessiva, passa a ter o nome insosso de “dado”.

De acordo com o tratamento que damos a uma determinada informação, podemos adquirir vários conhecimentos. Como quando observamos um gráfico do índice Bovespa. Um gráfico é só um gráfico, mera Informação, mas quando analisamos seus altos e baixos, a sua amplitude da variação de valores e outras características, podemos determinar se o mercado está instável, se o momento é propício a novos investimentos ou se devemos ser cautelosos. Estas determinações podem ser chamadas de Conhecimento.

A matéria-prima do Conhecimento é a Informação e, partindo deste princípio, o Conhecimento pode ser definido como a Informação refinada.

Este “produto” - que é básico aos indivíduos da sociedade contemporânea que querem desenvolver-se pessoal ou profissionalmente; de maneira similar a vários medicamentos que podem salvar nossas vidas e que, se administrados de maneiro incorreta, podem levar-nos à morte, podem estar corrompendo nosso Conhecimento como um câncer que não pôde ser detectado sem exames aprofundados.

Observando-se os meios de comunicação mais acessíveis e acessados, nota-se que as informações oferecidas são tantas, que a tarefa de refiná-las torna-se praticamente impossível, comparável ao esforço de tentar separar manualmente os maus grãos dos bons, de toda uma safra de soja brasileira. Desta maneira, somos forçados a ingerir as informações em seu estado bruto e, enquanto as digerimos, continuamos sendo alimentados com mais e mais.

Servindo-se comida desta maneira a um homem, este seria forçado a abandonar o trabalho de digestão e seria acometido de náuseas, vômitos e diarréia. No fim, o que seria excelente nutriente tornar-se-ia terrível excremento.

Nossa sociedade funciona como um organismo vivo e a manutenção de sua saúde dependerá da habilidade de medirmos quanta informação podemos processar, de como o faremos e da determinação dos valores que nortearão a seleção dos conhecimentos essenciais a sustentabilidade da sociedade.



Os filósofos contemporâneos hão de encarar a elaboração de respostas a estas questões como um dever e uma maneira de se eternizarem.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Breve História Ilustrada da Humanidade

Este post foi copiado do blog, Obvious (um olhar mais demorado...), com texto e tudo mais (com exceção dos banners).

(link original)


http://blog.uncovering.org/archives/2007/04/breve_historia_1.html


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Por maior que seja o esforço em contar a história da humanidade, esta é tão extensa, complexa e recheada de detalhes que torna esta tarefa quase impossível. A proposta que aqui fica é a de contar essa história com imagens.


Para mim, a viagem ao longo do tempo foi tremendamente interessante por dois motivos: - Nunca encontrei um resumo tão bom - Julgo ser capaz de identificar quatro tendências que se repetem ciclicamente ao longo do tempo: Guerra, Mulheres, Sexo e Intrigas.



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É como dizem: uma imagem vale mais que mil palavras!