terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sincretismo contra o Cretinismo



A religião não é uma mera instituição com o intuito de proteger seus fiéis ou que tenha a verdadeira intenção de ligar o Homem ao "Divino". Ela tem uma função obscura (e, talvez, maligna): o Controle de seus fiéis.

Aos excluídos da sociedade, oferece-se um lugar ao lado de Deus; aos abastados, a salvação através de indulgências; aos que não têm direito a propriedade, ensina-se que estes são os designos de Deus para suas vidas e, para os que não estão satisfeitos com estes termos, garanto sua passagem (só de ida) para o Inferno e a ira do Senhor!

No Velho Testamento da Bíblia Sagrada, Deus já seguia as sugestões que Nicolau Maquiavel, em sua obra "O Príncipe", publicada em 1532, dá ao líder que quiser manter o poder sobre seus súditos:

"Melhor um príncipe ser temido do que amado, mostrando que as amizades feitas quando se está bem, nada duram quando se faz necessário, sendo que o temor de uma punição faz os homens pensarem duas vezes antes de trair seus líderes."

Por que se pregaria o amor ao próximo e a não-violência se o próprio pregador não corresse o risco de ser atacado? Não devo desejar riquezas para que eu me satisfaça com o pouco que tenho enquanto os governantes vivem em meio à fartura? De fato, tenho livre arbítrio ou apenas acredito que o tenha pois Deus "quis" que eu o tivesse?

Uma religião nasce quando alguém (ou "alguéns") resolve utilizar um sistema filosófico para controlar as pessoas que ele (ainda) não governa, afinal, antes de existirem as leis de um Estado, (sempre) existiram as leis de uma Religião!

Consultem nossa constituição e nosso código penal e os comparem com as leis da Igreja Católica. Façam o mesmo com leis de Israel e a Cabala e com as leis da Palestina e o Corão.

Não discutimos a validade das leis e ensinamentos das religiões. Queremos apenas demonstrar como elas podem nos controlar.


Hoje em dia, em nossa sociedade, é muito comum encontrarmos pessoas que (não, necessariamente, nesta ordem) "tomam passes" em centros espíritas quando se sentem "carregadas"; aos domingos, vão à missa católica, fazem orações budistas e, quando "apertadas", fazem "trabalhos" nos terreiros de macumba.

Graças a Deus! (se ele existir!)

No meu entendimento, o homem pode se religar a Deus da maneira que lhe convier, mas fora do controle de outros homens.

Para isto o homem pode ter Fé mas não deve ter Religião.

O homem que encontra Deus dentro de si, em toda a natureza ou o que decide sobre quais templos (ou terreiros) ele vai freqüentar - sem fidelidade a uma determinada religião, é o homem que está mais próximo de Deus.

O homem só deve fidelidade a si mesmo e sua felicidade não depende de sua ligação a Deus.

Divina é a Humanidade!

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